Com a quadra chuvosa, os cearenses tem a esperança de boa recarga nos açudes e de manutenção da água nas torneiras durante o resto do ano. Contudo, a chuva que supera expectativas é a mesma que gera preocupação, especialmente, em Fortaleza, uma cidade inchada pelo histórico crescimento desordenado.
Em toda a cidade, 89 áreas de risco mapeadas pela Prefeitura apresentam riscos de possíveis alagamentos, inundações, deslizamentos e desabamentos, gerando, assim, angústia para 25 mil famílias, segundo a Defesa Civil do município.
Em 2017, a Defesa Civil registrou 1.213 ocorrências, sendo 720 riscos de desabamentos, 100 desabamentos e 160 alagamentos; 72,8% (884) dos sinistros ocorreram no primeiro semestre do ano, período que, historicamente, concentra as maiores precipitações na cidade.
Nos dois primeiros meses de 2018, a Defesa Civil recebeu 113 chamados por riscos de desabamento; porém, só seis se concretizaram: três em janeiro e três em fevereiro. Além disso, nesses dois meses, houve 21 chamados por alagamento.