O deputado estadual Capitão Wagner, que descartou, oficialmente, uma candidatura ao Governo do Estado ou ao Senado, vai se filiar ao PROS e, nesta terça-feira, 16, em almoço com o Vice-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, e o ex-governador Lúcio Alcântara, despede-se do PR. Outras integrantes da cúpula estadual do PR, sigla pela qual Wagner conquistou, como o mais votado, mandatos de vereador de Fortaleza (2012) e deputado estadual (2014), também, foram convidados para o encontro.
Roberto Pessoa confirmou, nessa segunda-feira, ao conversar com a reportagem deste site, que o Capitão Wagner estava saindo do PR. Wagner é candidato a deputado federal nas eleições deste ano, tem uma projeção de 350 mil votos e, com essa votação, pode eleger mais um aliado à Câmara Federal. Um partido ou uma coligação, para garantir uma vaga a Câmara Federal, precisa somar, pelo menos, 190 mil votos.
A votação acima desse número – o que se define como sobra, beneficia os demais candidatos do mesmo partido ou coligação. É nesses números que o Capitão pensa em construir uma bancada de aliados que o acompanhem e sejam leais. Wagner quer, também, se fortalecer para concorrer, em 2018, à Prefeitura de Fortaleza.
A ida para o PROS o dá liberdade para escolher outros nomes à Câmara Federal que serão beneficiados com a chamada sobra de votos e, pela relação de lealdade, o acompanharão na atuação do PROS. Se permanecesse no PR, Wagner, certamente, iria trabalhar para eleger outros nomes com os quais não tem afinidade.
Trajetória Política
Com três disputas eleitorais em quatro anos, o Capitão Wagner teve ascensão meteórica na política do Ceará. Em 2012, elegeu-se vereador de Fortaleza com 43.655 votos, sendo, naquela legislatura, o mais votado. Em 2014, foi campeão de votos à Assembleia Legislativa ao garantir, com 194.239 votos, um mandato de deputado estadual. Em 2016, Wagner chegou ao segundo turno da corrida pela Prefeitura de Fortaleza e, no conflito final com o prefeito Roberto Cláudio (PDT), somou 524.937 votos. Mesmo com esse capital de votos, Wagner descartou uma candidatura majoritária (senador ou governador) e optou por concorrer à Câmara Federal nas eleições deste ano.