Após 14 dias internado, o carpinteiro Vitor Soares do Nascimento, 28 anos, atingido por uma estaca na cabeça quando trabalhava cortando madeira em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio, recebeu alta do hospital nesta quarta-feira. O jovem precisará seguir algumas orientações enquanto termina o tratamento em casa.

Imagens do crânio de Vitor Soares, que foi ferido por uma estaca de madeira — Foto: Reprodução
Imagens do crânio de Vitor Soares, que foi ferido por uma estaca de madeira — Foto: Reprodução

Os médicos afirmam que daqui a seis meses Vitor precisará passar por mais uma cirurgia para fazer a reconstrução da calota craniana da parte frontal que foi fragmentada. Essa parte foi retirada e terá que ser reconstruída. Nessa segunda etapa do tratamento, o rapaz vai ficar afastado do trabalho por um período de três meses, sem fazer esforço físico ou pegar peso. Ele também fará fisioterapia em casa, acompanhado pelos médicos de Mangaratiba, além de consultas periódicas no Hospital Adão Pereira Nunes.

— Vitor ficou 14 dias internado no leito. Isso gerou uma certa atrofia muscular, o que é normal em casos graves como o dele. Em casa, ele vai fazer fisioterapia e consultas periódicas. Ele pode levar uma vida normal. Dieta foi liberada e não vai precisar de antibióticos. Apenas analgésico para dores de cabeça, que ele não está tendo — afirmou o médico Thiago Resende, diretor do Hospital Adão Pereira Nunes.

Vitor foi liberado pelos médicos a fazer exercícios leves, tomar banhos de sol com protetor solar e caminhadas. Ainda de acordo com o hospital, o rapaz não teve a parte cognitiva afetada, logo, não precisará, neste primeiro momento, de fisioterapia neurológica.

— A estaca atingiu seis centímetros de profundidade, desde a calota craniana, o osso, até a parte encefálica. Foi danificada, além da estrutura óssea, a parte frontal direita e pouca parte frontal esquerda. Ele teve perda da massa encefálica, mas isso não afetou as funções básicas dele. A gente tem que acompanhar os próximos meses para ver se vai ter algum comprometimento cognitivo do paciente. Hoje, o Vitor não corre risco de vida e a preservação neurológica é satisfatória. Vários fatores ajudaram Vitor. Desde o primeiro atendimento ao transporte rápido. A equipe foi excelente. Claro que, tanto para a equipe de saúde ou para qualquer pessoa fora, a gente consegue interpretar isso como um milagre — afirmou.

(*)com informação do Jornal Extra