Em depoimento, uma das professoras da menina Quênia Gabriela Oliveira Matos de Lima, de 2 anos, morta com 59 lesões pelo corpo, afirmou que, ao questionar o pai a respeito dos machucados, este teria dito que se tratavam de “marcas de nascença”. Tanto ele quanto a madrasta estão presos desde a última quinta-feira (9), data da morte da criança.
Ouvida pela equipe responsável pelo caso, uma das professoras de Quênia confirmou que, ao ser indagado sobre os vários hematomas no corpo da menina, o pai, o comerciário Marcos Vinícius Lino de Lima, de 28 anos, teria alegado que eram marcas de “nascença”. Ao todo, entre recentes e antigas, foram contadas 59 lesões no corpo de Quênia.
A educadora também afirmou em depoimento que notou, na última segunda-feira (6), que a menina apresentava, segundo ela, “com um galo na testa e um hematoma na face”. Questionada, a madrasta teria alegado que a menina tinha caído e que havia levado a criança até uma UPA. Ainda segundo a profissional, na semana da morte, a creche entrou em contato com a madrasta informando que a menina estava com febre e vomitando, e solicitou que a responsável fosse buscar a menor. No entanto, Patrícia André teria dito que não poderia ir, pois também estava com febre.
A delegada da 43 DP (Guaratiba), Márcia Helena Julião, confirmou que estão apurando a conduta de parentes e de funcionários da escola da criança que não teriam denunciado os maus-tratos. Caso alguma omissão seja comprovada, eles poderão ser indiciados pelo Artigo 26, da Lei Henry Borel (não comunicação do tratamento cruel e violento dado a criança).