“Você não vive sem mim”, “a culpa é sua”, “ninguém vai acreditar em você”, “isso é tudo coisa da sua cabeça”. Essas são algumas frases comuns que mulheres que estão em relacionamentos abusivos escutam e que merecem atenção. O Grupo de Apoio às Vítimas de Violência, desenvolvido pelo Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades da Polícia Militar do Ceará, é um policiamento especializado que acolhe e protege mulheres, idosos, crianças e pessoas LGBTQIAP+ vítimas de violência.
Com o objetivo de garantir a segurança das vítimas e fiscalizar o cumprimento das medidas protetivas, o grupo busca a aproximação com as pessoas atendidas, acompanhando-as continuamente para tratar na raiz a causa do problema, buscando devolver dignidade e cessar o ciclo de violência no âmbito doméstico familiar. Além de também facilitar o acesso das vítimas a serviços sociais e de proteção, o grupo responsabiliza e controla os comportamentos abusivos e criminosos dos agressores por meio de orientação e acompanhamento.
Nos primeiros nove meses deste ano, o número de crimes de feminicídio caiu 7,6% no Ceará. O resultado aponta 28 casos de janeiro a setembro de 2024, contra 34 registros, no mesmo período do ano passado. Os dados foram extraídos pela Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública, da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social.
Para combater o crime, o Ceará possui dez unidades das Delegacias Especializadas de Defesa da Mulher que ficam em Fortaleza, Pacatuba, Caucaia, Maracanaú, Crato, Iguatu, Juazeiro do Norte, Icó, Sobral e Quixadá. Nas demais cidades do Estado que não possuem uma unidade da especializada, os casos são investigados pelas delegacias municipais e regionais.