Dados divulgados pelo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) mostraram que em 2018, ao passo que foram registrados 2.306 casos de sífilis congênita em gestantes no Ceará, também houve o maior acumulado de diagnósticos em nove anos. A taxa de detecção em mulheres grávidas foi de 17,6 por 1.000 nascidos.
Cerca de 84,7% das mães de crianças com sífilis congênita fizeram pré-natal, 13,4% não fizeram e 1,95% apresentaram a informação ignorada. Importante no combate eficaz à doença, o diagnóstico ocorreu durante o pré-natal para 60,2% das gestantes, 34,1% no momento do parto/curetagem, 3,0 % após o parto e 0,5% não tiveram diagnóstico, além de 2,2% estarem notificados como “ignorados”.
Além disso, outra tipificação da doença, a sífilis adquirida, cuja transmissão acontece por relações sexuais, também vem afligindo cada vez mais cearenses. Foram 10.794 casos no Estado em nove anos. Cinco anos atrás, a taxa era de 7,6 casos por 100 mil habitantes. Em 2016, os registros subiram para 15,9 casos a cada 100 mil habitantes. Até setembro deste ano, o Ceará registrou uma taxa de 30,8, porém, espera-se que novos casos sejam contabilizados até o fim de 2019.