A Câmara Municipal de Uruburetama aprovou nesta segunda-feira (28), por unanimidade entre os vereadores presentes, o processo de cassação do prefeito afastado José Hilson de Paiva. A prisão do médico foi determinada em 19 de julho deste ano e de acordo com o Ministério Público do Ceará (MPCE), a medida foi necessária para preservar as provas e evitar a influência do prefeito nas investigações. Ao todo, foram 11 votos a favor da cassação.
Também em julho, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec) decidiu pela interdição cautelar do médico o que o impede de exercer a profissão por seis meses. O prazo pode ainda ser prorrogado pelo mesmo período. Além disso, o PCdoB também expulsou o médico do partido.
Segundo informou a Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS), ao ser preso, o médico disse, em depoimento à polícia, que os estupros e as gravações dos atos se tornaram um “vício”.
Mais de 60 vídeos mostrando os atos praticados pelo prefeito contra as pacientes foram recolhidos pela polícia e passam por perícia.
A defesa do advogado afirma que a sessão que aprovou a perda do mandato do gestor pode ser anulada na Justiça. Um dos argumentos é que os advogados não foram notificados. Documento da Câmara, no entanto, comprova a notificação na última sexta-feira (25).