A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Caucaia iniciou na manhã desta segunda-feira (02/03) uma oficina para seus profissionais médicos e gerenciais para criação de políticas de prevenção às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que são a causa principal de mortalidade e de incapacidade prematura em população entre 30 e 69 anos de idade.

“Nossos ACS’s (Agentes Comunitários de Saúde) vão coletar dados sobre determinantes sociais, para termos o perfil da população e podermos criar e implementar ações de prevenção a estes agravos”, descreve o titular da secretaria, Moacir Soares.

O Programa de Vigilância dos Fatores de Risco e Proteção é desenvolvido pela Secretaria da Saúde do Governo do Ceará (SESA), que agora em parceria com Caucaia, pretende diminuir a mortalidade precoce entre esta faixa etária, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a que mais mata em doenças cardiovasculares, o câncer, particularmente o cérvico-uterino e o de mama em mulheres e de estômago e pulmão nos homens, o Diabetes Mellitus, e as Doenças Respiratórias Crônicas.

“É um projeto para diminuir estes fatores de risco para as pessoas terem uma maior condição de vida saudável”, completa Moacir. Os dados serão coletados a partir do dia 15 de março pelos ACS’s e todo o quadro de profissionais médicos de Caucaia, incluindo membros do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), composto por enfermeiros, dentistas, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais e educador físico.

“Caucaia é uma das poucas cidades do Ceará escolhida para participar deste projeto. Somos contemplados pelo bom desempenho que executamos na gestão da saúde de Caucaia desde 2017”, garante Vilalba Carlos, coordenadora da Atenção Primária à Saúde do município.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2004, as DCNT representaram mais de 62% do total de óbitos no Brasil, sendo maior nas Regiões Sul e Sudeste. No Ceará, segundo dados da SESA, 51% dos óbitos no Estado foram ocasionados por DCNT.

“Vamos formular estratégias de prevenção e controle focalizados nas principais DCNT e fatores de risco mais freqüentes, como a nutrição inadequada, sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool, após uma ampla consulta com todo o território caucaiense”, finaliza Vilalba.