O Ceará registrou 937 focos de incêndios neste ano, até este mês de setembro, o que representa 30% a mais dos casos ocorridos no mesmo período de 2020, quando foram registrados 722 focos. A incidência maior ocorreu a partir de agosto passado, com 123 focos, mês também em que se inicia a temporada dos ventos e das queimadas, mas foi agora neste mês de setembro que os casos se multiplicaram, totalizando 336 focos. Os dados são do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
No Brasil, a quase totalidade das queimadas são causadas pelo homem, por razões muito variadas: limpeza de pastos, preparo de plantios, desmatamentos, vandalismo, balões de São João, etc. Atualmente o País ocupa o 5º lugar entre os países poluidores. Já as queimadas naturais são aquelas causadas por raios, o que não é o caso no atual momento de estiagem. No Ceará existe o agravante dos ventos fortes no segundo semestre que auxiliam no alastramento, associados à ausência de chuvas.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Artur Bruno, o segundo semestre de cada ano é sempre muito difícil para o controle das queimadas, devido os ventos fortes, a temperatura elevada, a pouca umidade e pela falta de chuvas.
“Lamentavelmente a maioria dos incêndios, tanto na cidade como em áreas florestais, são causadas pelos homens, seja por culpa, negligência ou imperícia. As pessoas tentam queimar resíduos sólidos ou se desfazer de um determinado bem e isso tem causado incêndios urbanos”, destaca.