Ceará fechou o ano de 2017 com 99.984 casos de chikungunya confirmados, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). Fortaleza concentra 57,4% dos casos confirmados: 57.435 casos. Cento e sessenta e duas pessoas morreram, no Ceará em decorrência da doença, das quais, 129 na capital. O número de casos de chikungunya registrado no estado representa 66,1% do total de casos registrados em todo o país.
O estado também é recorde na taxa de incidência da doença. Enquanto que no Brasil a incidência está em 90,1 casos por grupo de 100 mil habitantes, no Ceará a incidência chega a alarmantes 1.271,3 casos/100 mil hab. A incidência da doença na Região Nordeste é de 249,5 casos/100mil hab. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera nível epidêmico quando uma cidade ou região tem mais de 300 casos da doença para cada 100 mil habitantes.
Transmitida pelo mesmo vetor da dengue e da zika – o mosquito Aedes Aegypti – a chikungunya causa dores terríveis não apenas durante os dias em que o vírus está circulando no corpo da pessoa que o contraiu, mas por muito tempo depois da “cura”. Em seus primeiros dez dias, os sintomas costumam ser febre, fortes dores e inchaço nas articulações dos pés e das mãos.
Em alguns casos, ocorrem também manchas vermelhas no corpo. Mas mesmo com o fim da viremia – período em que o vírus circula no sangue – a dor e o inchaço causados pela doença podem retornar ou permanecer durante cerca de três meses.
De acordo com especialistas, em cerca de 40% dos casos, os sintomas tornam-se crônicos e podem permanecer por anos. Entre as sequelas da doença, são apontadas inflamação crônica nas juntas, dormência nos membros, câimbras e dificuldades de caminhar, doenças reumatoides, como a artrite. Além disso, também pode desestabilizar doenças cardíacas, problemas renais e diabetes.
Com informação do G1