Pelo terceiro mês consecutivo, o Ceará registra um saldo positivo na geração de empregos formais. Em junho, o número de contratações com carteira assinada superou o de demissões no estado, com a criação de 9.717 novos postos de trabalho – o maior para a região Nordeste, com 38.045 admissões e 28.328 demissões. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (29), pelo Ministério da Economia.
Em junho, o nível do emprego formal subiu 0,81% e atingiu o total 1.206.361 empregos com carteira assinada. Em termos setoriais, esse resultado decorre especialmente do maior número de oportunidades de trabalho nos serviços (4.060 novos empregos), comércio (2.461), construção (1.367), indústria geral (1.085) e agropecuária (744), dado que a movimentação do emprego na administração pública permaneceu relativamente estável (-3).
Entre janeiro e junho de 2021, o saldo entre contratações e dispensas no mercado de trabalho cearense ficou positivo em 33.256 empregos, um resultado bem acima do registrado no mesmo período do ano passado com a extinção de 48,132 empregos com carteira assinada.
Para incentivar a geração de emprego e renda e minimizar os efeitos da pandemia, o governo do estado vem investindo em programas como o Ceará Credi, que oportuniza o acesso ao crédito e capacitação para empreendedores formais e informais, trabalhadores autônomos e agricultores familiares. Além disso, neste mês, o governador Camilo Santana encaminhou à Assembleia Legislativa o projeto de lei que institui o Programa Mais Empregos Ceará. A iniciativa deve gerar 20 mil empregos nos setores de comércio e serviços com o pagamento da metade do salário mínimo vigente durante seis meses.
Números nacionais
O Brasil gerou 309.114 postos de trabalho em junho deste ano, resultado de 1.601.001 admissões e de 1.291.887 desligamentos de empregos com carteira assinada. No acumulado de 2021, o saldo positivo é de 1.536.717 novos trabalhadores no mercado formal. Os dados são do Ministério da Economia, que divulgou hoje (29) as Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 40.899.685, em junho, o que representa uma variação de 0,76% em relação ao mês anterior.
De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, é a primeira vez desde a crise de 2015 que o país ultrapassa o patamar de mais de 40 milhões de postos formais de trabalho. Ele acredita que a retomada da economia brasileira e o retorno seguro ao trabalho continuarão em ritmo acelerado com o avanço da vacinação da população contra covid-19, em especial nos setores de serviços e comércio, os mais afetados pelas medidas de enfrentamento à crise sanitária.