Os cearenses se divorciaram menos em 2018 em comparação ao ano anterior. É o que dizem as Estatísticas do Registro Civil – divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – ao constatarem queda de 16% no número de separações legais no Estado, passando de 13.385 para 11.176. Apesar da redução, o Ceará é o 2º estado do Nordeste em total de registros, atrás apenas da Bahia.
Para os resultados, a pesquisa teve como base os processos de divórcio julgados, encerrados em 1ª instância, com escrituras realizadas em Cartórios de Notas. Do total registrado no ano passado, 64,8% ocorreram de forma consensual. Entre os não-consensuais, no entanto, mais da metade dos divórcios, total de 57%, foram requeridos pelas mulheres. Considerando os arranjos familiares, a maior quantidade de divórcios no Ceará se deu entre casais com filhos menores de idade, 5.350, ou seja, 47,8% do total, seguido dos cônjuges sem filhos, 2.861. Em relação a quantidade de filhos, predominaram as separações entre casais com apenas um, com mais de 4 mil registros nos cartórios.
No Ceará, a maioria dos casamentos dissolvidos no ano passado – 3. 214 no total – foram os mais longos, que duraram 20 anos ou mais entre a data do casamento e a sentença, conforme o IBGE. A variação no Ceará, contudo, não reflete a observada no país. Os dados nacionais revelam que o número de divórcios cresceu, passando de 295.108 registros em 2017 para 306.376 no ano passado, aumento de 3,8%. Entre as capitais, São Paulo lidera, com mais de 22 mil separações legais em 2018. Fortaleza ocupa a 6ª posição. Se por um lado, o número de casamentos dissolvidos no Ceará registrou queda, as uniões oficiais praticamente se mantiveram no mesmo patamar, levando em consideração os dois últimos anos pesquisados. Foi registrado uma variação positiva de 0,20%, chegando 38.905 casamentos em 2018.