O Ceará se manteve pelo quarto mês seguido sem seca relativa, de acordo com o último mapa do Monitor de Secas, elaborado no dia 18 de julho. O Estado é o único do País sem áreas de seca fraca, moderada, grave ou extrema. Em julho do ano passado, o Ceará tinha duas regiões de seca fraca, próximas à fronteira com o Piauí e na região entre Sertão Central e Vale do Jaguaribe, esta sendo caracterizada como de longo prazo. A seca fraca é definida como um veranico – período de quatro ou mais dias sem chuvas ou com chuvas abaixo da média. Entretanto, secas fracas no Estado não vêm sendo registradas desde abril deste ano. O provável motivo é o volume de água aportado durante o período chuvoso de 7.18 hm³, o maior nos últimos 12 anos.
Atualmente, o Ceará tem 10 açudes sangrando e 58 com volume superior a 90% da sua capacidade. Entretanto, 34 reservatórios têm menos de 30% do seu volume total. As bacias com menores percentuais são a do Sertão de Crateús, Médio Jaguaribe e Curu, respectivamente. Apesar do bom indicativo no Ceará, no Nordeste, as áreas de seca fraca entre o Maranhão, Piauí e Bahia, e de seca moderada no oeste baiano apresentaram expansão. Já a área de seca fraca entre os estados Paraíba, Alagoas e Sergipe retraiu em relação ao último mês, devido às chuvas. Em janeiro deste ano, as áreas de seca fraca tiveram a menor porcentagem dos últimos dez anos no Nordeste, porém, a proporção vem aumentando desde então, atingindo a 55% em julho de 2023.