O Ceará iniciará, no dia 25 de maio, a campanha de vacinação contra a poliomielite, também chamada de paralisia infantil ou pólio. A ação é direcionada para crianças menores de cinco anos de idade e seguirá até 14 de junho. Em 2023, o Estado ocupou o primeiro lugar no ranking de cobertura vacinal entre as unidades federadas, conforme os dados do Ministério da Saúde (MS).
A poliomielite é uma doença contagiosa aguda irreversível causada pelo poliovírus selvagem (PVS). Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
A coordenadora de Imunização da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Ana Karine Borges, destaca que a vacinação é a única forma de prevenção da doença, e fundamental para impedir a reintrodução do poliovírus no Brasil. “A disponibilização do imunizante evitou o adoecimento e demais complicações em milhares de crianças, estabelecendo uma boa relação de custo e efetividade nas ações em saúde pública”, explica.
A doença está erradicada no Brasil desde 1989. No ano de 1994, o País recebeu a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem. A gestora lembra que, para que a situação permaneça dessa forma, é necessário que a população continue completando o esquema vacinal das crianças.
“A campanha nacional de vacinação reafirma o nosso compromisso em proteger a população contra as doenças preveníveis por vacinas. Por isso, a campanha contra paralisia infantil será indiscriminada, ou seja, apesar da criança estar com o seu cartão de vacinação em dia, ela poderá receber uma dose adicional”, detalha.
Cobertura Vacinal
O Ceará ocupa o primeiro lugar no ranking de cobertura vacinal em 2023, entre as unidades federadas, na vacina Poliomielite administrada em crianças menores de um ano de idade. O estado obteve cobertura vacinal de 93%, seguido pelo Piauí, com 92%, e Santa Catarina, com 90%.
“O resultado do Ceará mostra os esforços que as gestões estadual e municipais realizaram durante o último ano, fortalecendo cada vez mais as estratégias para continuidade dos anos seguintes. A imunização é dinâmica e complexa, portanto as estratégias serão cada vez mais intensificadas visando o aperfeiçoamento das atividades de vacinação e almejando a homogeneidade dos indicadores em cada região do estado”, afirma a coordenadora de imunização.
Esquema de imunização
As vacinas VOP (vacina oral poliomielite) e VIP (vacina inativada poliomielite) são os dois imunizantes disponíveis no Brasil para proteger contra a poliomielite. Desde 2016, o esquema contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável para crianças com 2, 4 e 6 meses. Além disso, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, conhecida como gotinha.
“A vacina contra poliomielite injetável confere uma proteção para três sorotipos (1, 2 e 3). Enquanto que a vacina contra poliomielite oral reforça o esquema básico, protegendo para os sorotipos 1 e 3, além de conferir a proteção também da comunidade”, conclui.