Desde 2019, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), por meio da Secretaria Executiva do Agronegócio, e com o apoio da Embrapa e do Moinho Santa Lúcia, trabalha em um projeto para a implantar a produção de trigo no Ceará – algo inusitado, considerando as condições de clima e qualidade dos solos até então improváveis para esse tipo na região.
Contudo, experiências iniciadas em 2019, envolvendo o setor público e investidores privados, liderados pela Sedet apontam para resultados promissores de produção em duas regiões do Ceará. Não apenas pelo clima, mas também por outros fatores: o Ceará está entre os maiores importadores e processadores de trigo do Brasil.
O Ceará concentra três grandes moinhos de trigo do País e, entre elas , tem uma empresa que lidera a produção de massas e biscoitos na América Latina. Depender sempre desse produto (commodities) atrelado ao dólar sempre foi um desafio. Mas essa realidade pode estar mudando, a partir das variáveis cultiváveis em clima equatorial.
Isso já ocorreu com a soja, que migrou dos climas úmidos do sul para o centro-norte do Brasil e depois para os cerrados do Maranhão e Piauí. Agora com o trabalho de pesquisa da Embrapa, o cultivo do trigo, com novas variedades adaptáveis ao clima da região, segundo o secretário Silvio Carlos, podemos ter ganhos em termos de redução de custos – tanto em relação à importação quanto a fretes internos.
“Em várias regiões do Nordeste do Brasil, o ambiente é favorável à cultura do trigo. No caso do Ceará, considerando que somos um dos maiores parques de moagem de trigo da América Latina essa cultura tende a evoluir bem. Creio que essa percepção vai estimular o produtor rural a plantar, pois ele sabe que tem a compra garantida”, afirmou Silvio Carlos.
(*)com informação do Governo do Estado do Ceará