O Ceará teve 3.805 bebês registrados sem o nome do pai no estado entre janeiro e julho de 2024. Os dados são da Defensoria Pública do estado. O número significa que, a cada 1 hora e 14 minutos, uma criança sai da maternidade com o campo “filiação” incompleto, seja por abandono intencional do pai ou desconhecimento da gravidez. Com isso, uma nova edição do projeto “Meu Pai Tem Nome” vai começar nesta segunda-feira. Fortaleza concentrou 35% do total desses registros, com 1.342 pais ausentes neste ano. A Defensoria avaliou que a situação é grave e tem piorado, quando analisadas as estatísticas com atenção. Os dados são da Central de Informações do Registro Civil, alimentada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais.
O mutirão será realizado em Fortaleza, Sobral, Iguatu, Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha. Juntas, essas cidades representam 44% dos casos de pais ausentes de todo o estado no primeiro semestre deste ano. São 1.684 ocorrências apenas nesses seis municípios. A inscrição é feita totalmente pela internet, mas quem tiver dificuldade de acesso, problemas no preenchimento do formulário ou não conseguir anexar a documentação exigida, basta procurar as sedes da Defensoria nessas cidades e pedir ajuda. Diante desses problemas, as equipes da DPCE já estão orientadas a fazer todo o procedimento.