No Brasil, 11,4 milhões de pessoas com 15 anos ou mais não sabem ler e escrever uma carta simples – o equivalente a 7% da população nessa faixa etária. No Ceará, porém, esta porcentagem é o dobro: 14,1% dos cearenses com 15 anos ou mais, cerca de 987 mil pessoas, não sabem ler nem escrever, a quinta maior taxa de analfabetismo do país. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com base nos dados colhidos no Censo Demográfico 2022. Em 2022, conforme os números do instituto, 85,9% dos cearenses com 15 anos ou mais sabiam ler e escrever. Os resultados do censo mostram que, nos últimos 30 anos, o Ceará vem registrando um aumento progressivo das taxas de alfabetização em todas as faixas etárias. Em 1991, 62% da população cearense sabia ler. Em 2000, 73,5% sabia ler. Em 2010, a taxa de alfabetização foi de 81,2% da população.

No Ceará, a taxa de analfabetismo de amarelos com 15 anos ou mais é 7%. Entre brancos, a taxa é de 11,2%. Já entre pretos e pardos nessa mesma faixa etária, a taxa é de 20,8%, 14,6% e 17,0%, respectivamente, ou seja, acima da média geral do estado, de 14,1%. A pesquisa mostra que s mulheres tendem a apresentar melhores índices de alfabetização que homens. Em 2022, o percentual de mulheres no Ceará que sabiam ler e escrever era 88%, enquanto o de homens era 83,5%. Conforme o IBGE, essa vantagem das mulheres se repete em todas as faixas etárias analisados.