Em todo o estado, 36 municípios atuam com acolhimento institucional, que é quando a cidade disponibiliza um abrigo próprio para as crianças. E 27 trabalham com acolhimento regionalizado. Nestes, meninos e meninas são encaminhados para unidades na região da qual fazem parte. São dados do projeto “Minha Cidade, Meu Abrigo – segundo ciclo”, do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude do Ministério Público. O Ministério Público tem atuado na fiscalização dessas unidades e acompanhado as políticas de manutenção dos direitos das crianças e adolescentes. Juazeiro do Norte tem uma unidade de acolhimento que atende crianças e adolescentes de 0 a 18 anos. Em 2021, 26 passaram pelo local. Já em 2022, o município chegou a receber 32 meninos e meninas. Hoje 18 vivem na unidade. O abrigo garante a proteção e o desenvolvimento daqueles que tiveram seus direitos violados.

Além da socialização, oferece uma equipe multiprofissional. O equipamento promove serviços de assistência social, saúde, vida escolar, bem como cuidados básicos, como alimentação, higiene e proteção. A unidade está ligada ao setor da Proteção Social Especial de Alta Complexidade, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho.

O projeto “Minha Cidade, Meu Abrigo” estimula que os municípios implementem atendimento protetivo para crianças e adolescentes. As gestões devem criar políticas públicas a serem executadas nos limites territoriais do município ou o mais próximo possível deste. E dos 184 municípios do Ceará, 118 ainda não possuem políticas públicas municipalizadas de acolhimento de crianças e adolescentes.