Termina no dia 3 de maio o prazo para o recadastramento de armas de fogo no Brasil. No Ceará, cerca de 14,2 mil registros foram apresentados ao Sistema Nacional de Armas até agora. Os dados são da Polícia Federal, órgão responsável pelo controle estatístico dos armamentos de uso permitido a civis em todo o território nacional. A atualização dos dados é obrigatória para armas mantidas por empresas de segurança privada, policiais civis, guardas municipais e pessoas físicas com autorização para porte ou posse.
Os colecionadores, atiradores e caçadores — grupo com autorização para uso de armas restritas —, também devem fornecer as informações no formulário eletrônico disponibilizado pela PF. Os proprietários deverão informar dados pessoais, como nome, CPF ou CNPJ e endereço, além do número de registro da arma. O não cadastramento configura infração administrativa, tornando a arma sujeita a apreensão. Apenas durante os quatro anos do governo Bolsonaro, entre 2018 e 2022, quando houve relaxamento de leis e estímulo ao armamento da população, 13.730 novos registros de armas de fogo foram emitidas no Ceará. O número é um pouco menor do que o total de equipamentos recadastrados no Estado, que inclui armas adquiridas legalmente em qualquer data.
Lançado em 1º de fevereiro, o recadastramento iria até 30 de março. O Governo Federal, no entanto, decidiu estender o prazo um dia antes do fim. De acordo com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a medida foi necessária para garantir “melhor adequação da Polícia Federal no cumprimento da atividade”, citando que a grande extensão territorial do País poderia impor dificuldades para o cumprimento do prazo inicialmente previsto. Durante o período de recadastramento, os proprietários que não quiserem continuar com suas armas poderão entregá-las voluntariamente em um dos postos de coleta da Campanha do Desarmamento.