O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Fortaleza iniciou, nesta terça-feira (14/03), o curso “Teoria e Prática das Oficinas da Parentalidade”, também conhecidas como Oficinas de Pais e Filhos. O treinamento ocorre, ao longo do dia, na Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec). Prosseguirá nesta quarta pela manhã na Esmec e, à tarde, será concluído no Fórum Clóvis Beviláqua, com uma atividade prática.
A capacitação foi aberta pela coordenadora do Cejusc, juíza Jovina d’Ávila Bordoni, que está à frente do trabalho junto com a psicóloga do Centro, Gleiciane Van Dam. Além delas, também ministram as aulas o supervisor do Cejusc, Helder Assunção, a diretora de Programação e Controle da Esmec, Lara Coe, e as voluntárias Suellen Batista e Heleiny Nascimento. A magistrada ressalta a importância da capacitação por ser “uma forma de disseminação das práticas das Oficinas, que têm como objetivo a pacificação no âmbito familiar”.
Com 16 horas/aula, o curso explica separadamente, no primeiro dia, as oficinas para os pais, as voltadas aos filhos adolescentes e as destinadas aos filhos que são crianças. A manhã do segundo dia foi reservada para os temas “Desenvolvimento de competências e o processo de comunicação” e “Rotinas de trabalho, expedientes e roteiros utilizados para a consecução da Oficina”. No período da tarde, haverá atividade prática final, que consiste na participação de parte da turma na Oficina de Parentalidade que ocorrerá no Cejusc (os demais alunos farão a atividade durante uma próxima oficina).
Estão inscritos 29 alunos de instituições como Tribunais de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e do Maranhão (TJMA), Defensoria Pública, Secretaria de Educação do Ceará e ONG Terre des Hommes – além de universitários de Psicologia que atuam no Cejusc. Um dos alunos é Washington Souza Coelho. Ele é servidor, mediador, conciliador e instrutor do TJMA, que está em fase de implantação das Oficinas.
“Como o Tribunal de Justiça do Ceará é referência no que tange à aplicação das Oficinas, viemos justamente para termos essa interface em relação a questão da prática. Viemos verificar como funciona para que possamos aplicar no nosso Estado, com esse referencial que o TJCE é pioneiro e já tem um trabalho de longo período”, contou.
As Oficinas da Parentalidade são destinadas a casais, com filhos, que estejam envolvidos em ações de divórcio, disputas pela guarda dos filhos, agressões, entre outros conflitos familiares. O projeto é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em Fortaleza, a realização é do Cejusc do Fórum Clóvis Beviláqua, com apoio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Ceará e do Núcleo de Apoio à Jurisdição (NAJ) de Fortaleza.
Com informação da A.I