O processo de suspensão dos celulares irregulares no país, iniciado em 22 de fevereiro em Brasília e Goiás, registrou, nos seis primeiros dias, cerca de 25.189 aparelhos em operação que foram furtados, roubados ou são falsificados, segundo dados da Anatel. A partir desse registro, as operadoras iniciam um processo de bloqueio do smartphone, com o envio de três mensagens de texto aos usuários. A estimativa é que, no país, todos os celulares irregulares estejam bloqueados até março de 2019.

A medida visa a coibir o comércio ilegal de aparelhos e a reduzir o número de roubos e furtos. O projeto, chamado de Celular Legal, quer ainda acabar com o mercado pirata. Segundo especialistas, fabricantes, principalmente da China, produzem versões de modelos de Apple e Samsung e revendem em países como o Brasil com o número de série (o chamado Imei) clonado de celulares legítimos. Estima-se que, atualmente, cerca de um milhão de smartphones irregulares entrem na base das operadoras todos os meses.

No Estado do Rio, o sistema será implantado em 7 de fevereiro de 2019. De acordo com a Anatel, a partir da primeira notificação via mensagem de texto (SMS), o cliente terá 75 dias para trocar de aparelho antes que sua linha móvel seja bloqueada nas redes 3G e 4G — no WiFi, continuará funcionando. Leonardo Euler, conselheiro da Anatel, ressalta que o uso de celulares com qualquer tipo de irregularidade compromete a qualidade da ligação, o que aumenta a insatisfação com o serviço.