O começo do mês de abril marca o encerramento de alguns prazos do calendário eleitoral e o início de uma nova etapa da corrida para as eleições 2020. Mesmo com as discussões acerca de mudanças no calendário eleitoral, tendo em vista os impactos da pandemia de coronavírus em diversas áreas, como também na política, as datas permanecem inalteradas até o momento e os pré-candidatos devem estar atentos aos prazos.
Uma das datas importantes é esta sexta-feira (3), dia limite para os vereadores que visam concorrer a reeleição ou disputar o cargo de prefeito trocarem de sigla sem sofrer prejuízos ao mandato.
No Bate-Papo Político do Jornal Alerta Geral os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida comentaram sobre a movimentação do calendário eleitoral no mês de abril e os rumos do pleito deste ano.
Mesmo com as propostas de adiamento das eleições de 2020, Luzenor ressalta que este mês tem datas importantes a serem cumpridas e que o TSE não pode “afrouxar” os prazos, e também não deve trabalhar sobre hipóteses.
O jornalista destaca dois pontos: primeiro, a campanha entre 1º de abril e 30 de julho, realizada pelo TSE com o objetivo de incentivar a participação feminina, dos jovens e da comunidade negra na política, bem como o esclarecimento os cidadãos sobre as regras e o funcionamento do sistema eleitoral brasileiro.
O segundo ponto salientado é o fechamento da janela partidária, período em que os pré-candidatos podem trocar de partido. Luzenor pondera que devia ao isolamento social, consequência do combate ao coronavírus, as articulações para troca de partidos aconteceram em conversas por telefone e por redes sociais.
“Uma data configura um quadro partidário ou um novo quadro partidário, em termos de filiados, e que desenha um novo cenário pré-eleitoral”, afirma Luzenor.
Beto aponta que não tem sido fácil para os partidos e seus pré-candidatos lidar com o prazo para a mudança de partido. O jornalista argumenta que os vereadores estão tendo dificuldades para encontrar uma nova sigla que apresente possibilidade de uma reeleição mais tranquila.
“Qual o drama dessa vez para as eleições deste ano? É que estão proibidas as coligações proporcionais, ou seja, não vai mai poder haver coligação proporcional reunindo vários partidos nas disputas para as vagas nas casas legislativas nas câmaras municipais”, pondera Beto, que acredita que esta sexta é um data crucial para se definir a situação.
“O cenário ainda é muito conturbado”, diz Beto, que afirma que a situação eleitoral foi impactada pela pandemia de coronavírus como, por exemplo, a diminuição das articulações em detrimento do foco no enfrentamento da doença.
Outra data importante que requer atenção é este sábado, dia 4, que é o prazo final para que novas legendas que pretendem participar das eleições tenham seus estatutos registrados no TSE, como também é a data-limite para que partidos políticos aprovem a filiação de seus candidatos.