O Centro de Memória da Fazenda (CM), equipamento cultural vinculado à Secretaria da Fazenda (Sefaz-CE), recebeu uma turma do Centro de Referência em Educação e Atendimento Especializado do Ceará (Creaece). Com o objetivo de promover a aproximação entre Fisco e acessibilidade, o encontro, realizado nessa quarta-feira (13/11), contou com a participação de 17 profissionais responsáveis pela produção, adaptação e consultoria de conteúdos em braille.

O momento incluiu audiodescrição e exposição histórica sobre o Palácio da Fazenda, edifício tombado pelo Patrimônio Artístico e Histórico do Ceará em 1982. Para receber adequadamente os visitantes com deficiência visual, a equipe do CM passou por uma formação em acessibilidade, promovida na última segunda-feira (11/11) pela parceria com o Projeto Acesso, do Museu da Cultura Cearense (MCC).

Patrimônio, memória e inclusão

A visita foi conduzida pela equipe de historiadores do CM: Ana Paula Gomes, Daniel Magalhães e Letícia Costa. “Esse é o local onde se pode discutir a história fazendária, a memória fazendária, a Educação Fiscal e é um prazer enorme receber o público aqui, tornando esse espaço mais acessível, como todos os espaços devem ser”, pontuou a Coordenadora do Núcleo Educativo do CM, Ana Paula Gomes.

Os visitantes conheceram a galeria dos secretários, com fotopinturas dos 59 titulares que passaram pela pasta, exposição com acervos do patrimônio material do Fisco, incluindo a sala cofre, e o vitral no interior do Palácio da Fazenda, confeccionado no início do século 20 pelo Atelier Formenti. Ao final da exposição, os profissionais do Creaece receberam uma palestra ministrada pela servidora Cristina Homsi sobre o Programa de Educação Fiscal do Ceará (PEF-CE).

Por uma Educação Fiscal acessível

“Como todo cidadão, eles precisam ter esse conhecimento, assim, eles poderão transmiti-lo para seu grupo e para a sociedade como um todo”, pontuou a servidora Cristina Homsi.

Conforme a coordenadora do setor de produção braille do Creaece, Juracy Vieira, a consciência sobre os tributos gera cidadãos mais ativos na cobrança pela qualidade do serviço público. “Por mais que todos sejamos adultos, consumidores, contribuintes, sempre temos um conhecimento a mais para adquirir”, ressaltou Juracy.

Para o revisor de textos em braille da mesma instituição, Bruno Herculano, o momento foi uma oportunidade de conhecer mais detalhes sobre como é feita a arrecadação e a fiscalização dos tributos. “Eu sei que se eu peço a nota fiscal eu estou incentivando que os impostos sejam pagos, mas eu não sabia que inserir o CPF na nota era parte disso. Já conhecia o programa Sua Nota Tem Valor, por exemplo, mas agora eu vou exigir mais essa questão”, comentou Bruno.