Com objetivo de descentralizar o atendimento de vacinação diferenciada para grupos especiais portadores de doenças crônicas ou imunodeficientes, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), passa agora a contar com um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie). Na Capital, o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) já contava com um Crie.
Segundo a Sesa, a utilização do serviço será gratuita, mas somente com prescrição médica (de atendimento público ou particular) confirmando a necessidade de aplicação do imunobiológico especial do Crie. A pediatra e assessora técnica da Célula de Imunização da Sesa, Surama Elarrat, explica que os Cries foram concebidos para atender um público que necessita de doses de vacinas especiais, não oferecidas habitualmente nas salas de vacina da rede pública.
A assessora técnica ainda reforça que também é atribuição dos Cries o atendimento a pessoas que apresentam eventos adversos a qualquer vacina. “Nesse caso, é importante que o paciente vá até o Crie para relatar os eventos. A partir daí, é feita uma investigação para esclarecimento do caso e tomada de decisão”, explica.
Quem pode receber os imunizantes especiais?
Entre as mais de 50 indicações para vacinas, estão pacientes com doenças crônicas congênitas ou adquiridas que comprometem o sistema imunológico, como HIV/aids, câncer, cardiopatia, diabetes mellitus, hipertensão, pneumopatas, doenças hematológicas, dentre outros.
Os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE)
Criados pelo Ministério da Saúde em novembro de 2000 por meio da Portaria 464/2000, tem o objetivo de beneficiar uma parcela especial da população brasileira que, por motivos biológicos, é impedida de usufruir dos imunobiológicos disponíveis na rede pública ou necessita de outros imunobiológicos especiais, além de apoiar a investigação de casos suspeitos de eventos adversos pós-vacinação
O que são Imunobiológicos Especiais?
São produtos (vacinas e Imunoglobulinas) de alto custo desenvolvidos através de tecnologias modernas a fim de beneficiar uma parcela especial da população brasileira como: imunodeprimidos e seus contatos, pessoas intolerantes aos produtos comuns (reações alérgicas ou manifestação de evento adverso pós administração), pessoas expostas inadvertidamente a agentes infecciosos por motivos profissionais ou por violência. Esses produtos não estão disponíveis na rotina da rede pública e devem ser solicitados, quando necessário, nos CRIE.
(*) Com informações Câmara Municipal de Fortaleza