Cercada por milhares de denúncias dos consumidores pela má prestação de serviços e alvo de uma investigação que pode leva-la a perder a concessão em São Paulo, a Enel, por meio de nota, afirma que pagou R$ 55 milhões em multas.
A nota foi distribuída após o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, revela que a Enel deu calote e não pagou R$ 300 milhões em muitas que se referem a falhas no fornecimento de energia. As multas são aplicadas pela Aneel.
O ministro se antecipou, também, para dizer que pediu, nesta segunda-feira (1º), à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a abertura de processo que pode levar a empresa a perder o contrato em São Paulo. É a primeira vez que o Governo Federal se pronuncia, com mais clareza, sobre os erros da Enel.
DESCUMPRIMENTO DO CONTRATO
O processo aberto pela Aneel tem por objetivo averiguar se a Enel descumpriu o contrato de distribuição de energia elétrica na capital paulista. A agência tem um prazo de 20 dias para apresentar os resultados das investigações.
Como resposta à investigação e ao bombardeio de queixas dos clientes, a Enel enfatiza, por meio de nota, que fará investimentos para modernização da rede, digitalização do sistema, ampliação dos canais de comunicação com os clientes e “aumento significativo do quadro de pessoal próprio”.
Segundo, ainda, a Enel, a empresa diz que ‘’cumpre integralmente com todas as obrigações contratuais e regulatórias e está implementando um plano estruturado que inclui investimentos no fortalecimento e na modernização da estrutura da rede, na digitalização do sistema e na ampliação dos canais de comunicação com os clientes, além da mobilização antecipada de equipes em campo em caso de contingências”. A nota destaca que os investimentos previstos serão de R$ 18 bilhões até 2026.