O câncer colorretal, também conhecido como de câncer de intestino, é hoje a terceira neoplasia mais incidente na população. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 45 mil casos são diagnosticados a cada ano.

Hábitos para evitar o câncer de intestino

Segundo o médico gastroenterologista e especialista em cirurgia robótica, Dr. Guilherme Berenhauser Leite, quase 30% desses dos diagnósticos dessa doença podem ser evitados com a prática de atividades físicas, boa alimentação e a diminuição do consumo de bebidas alcoólicas.

“O câncer de intestino se desenvolve no cólon ou no reto, sendo partes do intestino grosso. É uma das formas mais comuns de câncer em todo o mundo, afetando homens e mulheres. Uma boa alimentação, diminuir as bebidas alcoólicas e praticar atividades físicas são ações preventivas extremamente importantes para a redução desses casos e, também, das mortes”, explica o especialista.

Fatores de risco

Além dos já citados, existem outros vários fatores de risco associados ao desenvolvimento desse câncer. É o caso, por exemplo, de idade avançada, histórico familiar de câncer de intestino, dieta rica em gordura e baixa em fibras, tabagismo, consumo excessivo de álcool, obesidade e doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a colite ulcerativa.

Sintomas

Ainda segundo o especialista, os sintomas do câncer de intestino podem variar. Contudo, os quadros geralmente incluem sangramento retal, mudança nos hábitos intestinais, dor abdominal, fraqueza e perda de peso sem explicação. 

“No entanto, é importante ressaltar que muitas vezes ele pode ser assintomático em estágios iniciais. Daí a importância dos exames de rastreamento”, acrescenta Dr. Guilherme Berenhauser Leite.

Tratamento

O tratamento para esse câncer pode envolver uma combinação de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia direcionada. Isto é, dependendo do estágio do câncer, da localização e de outros fatores individuais do paciente. 

O prognóstico para o câncer de intestino varia amplamente, mas é frequentemente melhor quando a doença tem detecção precoce. “Encorajo fortemente as pessoas a se submeterem a exames de rastreamento regulares para o câncer colorretal, especialmente se tiverem fatores de risco conhecidos. Isso porque a detecção precoce desempenha um papel crucial na eficácia do tratamento e na melhoria dos resultados para os pacientes com câncer de intestino”, afirma o médico.

Cirurgia robótica

Guilherme aponta que a cirurgia robótica tem se tornado cada vez mais comum para o tratamento do câncer de intestino devido aos seus benefícios potenciais, tais como: 

  • Precisão; 
  • Visão tridimensional, que permite melhor visualização;
  • Menor trauma, já que conta com menores incisões;
  • Menos trauma tecidual, levando a uma recuperação mais rápida e menor sangramento.

“É importante ressaltar que nem todos os pacientes com câncer colorretal podem aderir à cirurgia robótica. Por isso, a decisão de usar essa abordagem deve ser feita caso a caso, considerando fator como a experiência do cirurgião, o estágio do câncer, a anatomia do paciente e outras condições médicas”, explica Dr. Guilherme Berenhauser Leite.

Ainda assim, para muitos pacientes, a cirurgia robótica pode oferecer uma opção segura e eficaz para o tratamento desse câncer, com potenciais benefícios em resultados cirúrgicos e recuperação pós-operatória, finaliza o médico.

(*)Com informação do site Saúde em Dia