As chuvas que têm caído sobre o estado do Ceará nos últimos meses suprimiram parcialmente a preocupação dos agricultores que tanto anseiam pelas precipitações, no entanto, o aporte não tem sido suficiente para preencher os reservatórios cearenses e abastecer plenamente todas as comunidades locais
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), neste ano choveu 12,6% a mais que a média história do período chuvoso, registrando 676,3 milímetros na quadra chuvosa mais recente, números que colocar o ano de 2019 como o terceiro com maior índice pluviométrico, atrás apenas de 2008 e 2009.
Apesar disso, o Castanhão, maior e mais importante reservatório do estado soma apenas 5,5% de sua capacidade. Dos 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), seis estão secos, 18 em volume morto e outros 72 com menos de 30% de sua capacidade total. Em melhor situação, 42 reservatórios estão com volume acima de 90%. Dos quais 24 estão sangrando.
Em 11 cidades do estado, devido ao nível abaixo da média dos açudes, a situação é crítica, são elas: Monsenhor Tabosa, Quixeramobim, Caririaçu, Mombaça, Parambu, Salitre, Piquet Carneiro, Tamboril, Irauçuba, Pereiro e Pacoti, todos em situação “vermelha” no mapa-situação da Secretaria Estadual dos Recursos Hídricos (SRH), o que indica risco de colapso do manancial principal até julho deste ano ou abastecimento insatisfatório.