Uma pesquisa ainda em andamento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) revelou que o material inalado, como partículas finas, como poeira, formada por diversos materiais, por ciclistas na Avenida Domingos Olímpio, em Fortaleza, supera o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de até 25 μg/m³.
O estudo mostrou que às terças e quintas-feiras, no período da tarde, são os dias com índices mais altos na via. Foram registrados 38,4 μg/m³ e 52,3 μg/m³, respectivamente. Já durante a manhã, o índice chegou a 33,4μg/m³.
Ainda às quintas-feiras, com base na resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) o levantamento sugere que 25% das definições da qualidade do ar foram superiores ao recomendado pela OMS.
A exposição dos ciclistas aos ruídos também foi verificado. As amostras analisadas apontaram exposição sonora variando entre 63 decibéis e 108 decibéis, ultrapassando os limites estabelecidos pela OMS, de 53 decibéis para o período diurno e 45 para o noturno; e pela Norma Brasileira – NBR 10151, de 60 decibéis para o decorrer do dia e de até 50 decibéis para a noite.
Em nota, a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) esclarece que em 2019, até quarta-feira (11), o órgão realizou 1.750 fiscalizações e 783 autuações/notificações, na Capital, a responsáveis por atividades de poluição sonora. No ano passado, foram registradas 810 autuações/notificações.
Ainda segundo o órgão, de janeiro a 11 de dezembro deste ano, a Agefis realizou na cidade 538 fiscalizações e 289 autuações/notificações a responsáveis por atividades poluentes que não possuíam o licenciamento ambiental, quantidade 20% a mais que a registrada em 2018, com 240 autuações/notificações.
Dados sobre autuações e notificações na Avenida Domingos Olímpio não foram especificados.