O senador Cid Gomes deflagrou, nessa segunda-feira, ao se reunir, pela primeira vez, em 2022, com lideranças estaduais do PDT, as articulações para montar a chapa que concorrerá à sucessão do Governador Camilo Santana. O PDT indicará o candidato ao Palácio da Abolição e o vice, pelas declarações de Cid, sairá de outra sigla, enquanto o PT, com Camilo Santana, ocupará a vaga ao Senado.
O Bate Papo Político, do Jornal Alerta Geral, com a participação do jornalista Beto Almeida, tem, nesta terça-feira, análise sobre a reunião dos dirigentes estaduais do PDT e as articulações para formação de alianças na corrida eleitoral do Ceará.
As costuras para montagem da aliança ao Governo do Estado ganharão uma nova etapa com a abertura, no dia 3 de março, para a troca de partidos entre deputados federais, distritais e estaduais que querem concorrer às eleições deste ano. A chamada ‘janela partidária’, que se estenderá até o dia 1º de abril, permite a troca de partidos sem perda do mandato.
As articulações nos bastidores políticos apontam que, na janela partidária, haverá migração de deputados federais entre os diferentes partidos, provocando mudanças nas bancadas das siglas que deverão compor a aliança com o PT e o PDT. O senador Cid Gomes faz a análise sobre as possíveis mudanças para, após primeiro de abril, entrar em uma nova fase de negociações e estruturação do palanque da base governista.
ACENO AO PSDB E SEM VETO A MDB
Cid, após a reunião com o presidente estadual do PDT, deputado federal André Figueiredo, com os pré-candidatos ao Governo – Roberto Cláudio, Izolda Cela, Mauro Filho e Evandro Leitão, disse, em entrevista coletiva, que tem conversado com lideranças de diferentes partidos e, nessa relação, incluiu o Republicanos, PSDB, PP, PSL, DEM, PSD e PSB. Quanto ao MDB, do ex-senador Eunício Oliveira, disse que não há veto.
Quanto à aliança com o PT, Cid Gomes foi taxativo: “Defendemos a candidatura (de Camilo Santana). O papel que o Camilo tem hoje no cenário nacional, a respeitabilidade que adquiriu na sua gestão no Ceará o coloca como agente importante para uma candidatura ao Senado, que terá pleno apoio, pleno engajamento do PDT”, destacou o pedetista, ao falar sobre as conversas que vem mantendo com diferentes lideranças partidárias.
Sobre a disputa ao Palácio da Abolição, Cid afirmou que considera natural que o PDT tenha candidato ao Governo e o PT tenha candidato ao Senado. ‘’Isso é possível acontecer em aliança no plano estadual, mesmo com os dois (candidatos) tendo candidatos a presidente distintos”, observou Cid, ao dizer que o diálogo com outras siglas acontece, mas, por exemplo, com o PL e União Brasil, há conversas com dirigentes dessas siglas.
O pedetista fez referência ao prefeito Acilon Gonçalves, atual presidente do PL no Ceará, e observou que o partido, após filiação do presidente Jair Bolsonaro, tem outra situação. Cid disse destacou a boa convivência com Acilon e com o deputado federal Júnior Mano, que é do PL, mas poderá se transferir, durante janela partidária, para outra agremiação. Há expectativa, também, sobre os rumos do União Brasil, sigla que nasce da fusão entre PSL e DEM. O aceno é dado, também, ao PSDB que, segundo Cid Gomes, tem como líder o maior governador da história do Ceará (Tasso Jereissati) e que foi aliado na campanha do prefeito eleito de Fortaleza, José Sarto.