O presidente da Executiva Nacional do PDT, deputado federal André Figueiredo, comemorou, na noite desta segunda-feira (16), a decisão da juíza Maria de Fatima Bezerra Facundo, da 28° Vara Cível de Fortaleza, que anulou a reunião dos membros do Diretório Estadual e a escolha do senador Cid Gomes para presidência estadual da legenda.
‘’A gente tem que celebrar, acima de tudo, a vitória da justiça, de se reconhecer que não pode, no arbítrio, na força, tomar a direção de um partido de quem tem uma vida toda dedicado a ele (PDT)’’, comemorou o pedetista.
Há poucos dias, a magistrada suspendeu a Comissão Provisória nomeada para dirigir o PDT no Ceará, o que significou uma vitória dos dissidentes, e, nesta segunda-feira, decidiu atender a um recurso movido pelo presidente André Figueiredo para a convocação do Diretório Estadual ser suspensa.
André argumentou, na contestação encaminhada à Justiça, que houve descumprimento de prazos para convocação dos membros do Diretório. De acordo com Cid Gomes, os prazos citados pela magistrada na decisão se referem à convenção estadual, não à reunião do diretório.
Quando a decisão da juíza Maria de Fatima Bezerra Facundo chegou à sede do PDT, os dissidentes já tinham escolhido Cid Gomes para Presidência Regional do partido, mas a eleição não tinha validade. Cid ganhou, mas não levou e chegou a dizer que a magistrada foi induzida ao erro. André, sem citar nomes, acusou traidores de quererem tomar o comando do partido no arbítrio e na força.
Confira na íntegra a participação do correspondente do Jornal Alerta Geral, Carlos Alberto
A traição, segundo ele, começou em 2022 quando, por 59 votos a 25 votos, o PDT escolheu o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, como candidato ao Governo do Estado. Disse, ainda, que a traição ocorreu na campanha quando candidatos à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal abandonaram a chapa da sigla ao Palácio da Abolição.
‘’Aguentamos calados até agora, mas vamos continuar na guerra que a Justiça sempre prevalece’’, respondeu André Figueiredo, que se encontra na Índia em missão oficial da Câmara Federal.
André Figueiredo fez referência aos chamados traidores ao responder à acusação de que a inativação do Diretório Estadual, quando uma Comissão Provisória foi criada para comandar a agremiação. O pedetista afirmou, ainda, que a inativação do Diretório Estadual foi feita porque o mandato já estava expirado.
‘’A gente celebra esse momento porque a justiça prevaleceu. Vamos para outras lutas. Somos do partido do Brizola, do partido de guerreiros e a gente não vai se calar perante às forças de quem se achava dono do Ceará’’.
Deputado federal André
DIRETÓRIO ESTADUAL ELEITO PELOS DISSIDENTES
- Presidente – Senador Cid Gomes
- Vice-presidente – Cirilo Pimenta (prefeito de Quixeramobim)
- Segundo vice-presidente – Marcos Sobreira (deputado estadual)
- Secretário-geral – Salmito Filho (deputado estadual)
- Secretário Adjunto – Júlio Brizzi (vereador de Fortaleza)
- Tesoureiro – Robério Monteiro (deputado federal)
- Tesoureiro adjunto – Mauro Filho (deputado federal)
- Vogal – Silvana Sales
- Vogal – Carlos Veneranda
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