Responsável por desempenhar uma série de atividades, que vão desde os patrulhamentos policiais até os transportes aeromédicos, a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) já registrou, de janeiro a novembro deste ano, um total de 1.364 horas voadas no Estado. O trabalho das aeronaves, presentes em quatro macrorregiões do Ceará, foi intensificado especialmente em Fortaleza, aonde vem sendo empregado diariamente em regiões específicas. A utilização delas na “Operação Apostos” da SSPDS, iniciada no último dia 4 com o objetivo de fortalecer o combate aos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) e Contra o Patrimônio (CVP), é um exemplo disso.
No acumulado dos onze meses, as ações que mais se destacaram foram as remoções aeromédicas inter-hospitalar, com quase 293 horas voadas, seguido dos patrulhamentos com 252,5 horas; e os apoios às operações policiais com 221,4 horas. Quando se trata só do mês de novembro último, foram 149,5 horas voadas.
“Nós conseguimos nos últimos meses focar muito nas questões operacionais e policiais da Ciopaer, com a intensificação dos patrulhamentos aéreos e das atividades de prevenção, com o diferencial de utilizar as manchas criminais, atuando nos locais prioritários, especialmente para evitar a ocorrência de crimes graves como homicídios e roubos”, destacou o secretário da SSPDS, Sandro Caron. Ele aproveitou para falar sobre a integração entre a Coordenadoria e os órgãos vinculados à pasta.
“Tivemos portanto uma ampla utilização da Ciopaer em apoio aos trabalhos preventivos e ostensivos da Polícia Militar do Ceará, principalmente aquele policiamento que busca evitar a prática de crimes. Também utilizamos a Ciopaer em operações realizadas pela Polícia Civil que levaram a prisões e ao combate ao crime em todo o Estado. Também tivemos a utilização da Coordenadoria em apoio ao Corpo de Bombeiros Militar, no apoio ao trabalho dos guarda-vidas, durante ocorrências de salvamento”, ressaltou.
Com 25 anos de atuação, a Ciopaer é a maior unidade de aviação estadual do Norte/Nordeste, sendo considerada a maior operadora de aeronaves biturbina e homologadas para voo por instrumentos entre os órgãos estaduais brasileiros. Ela também é considerada como a operadora com serviço aeromédico público mais bem executado do País. Existem quatro bases fixas, instaladas em Fortaleza, Juazeiro do Norte, Sobral e Quixadá. A coordenadoria dispõe de dez aeronaves, sendo nove helicópteros (um EC130 B4, dois AS350B2 esquilo, três Airbus EC135 e três EC145) e um avião modelo Cessna 210. No total, 165 profissionais de segurança pública compõem o efetivo da unidade aérea, entre pilotos, tripulantes operacionais, mecânicos e apoio solo, além de 20 profissionais de saúde do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) Ceará.
Ao serem empregadas ostensivamente, as aeronaves além de permitirem o cerco completo, ainda servem como um norteador das ações para as equipes em solo. Com o conhecimento técnico dos pilotos da Coordenadoria, somado à tecnologia presente nas aeronaves que são capazes de detectar a presença de pessoas em locais ermos e escuros, graças à câmera UltraHD acoplada na estrutura do helicóptero, diversas ações criminosas são elucidadas e evitadas.
É o caso de uma ocorrência registrada no dia 25 de novembro, quando duas mulheres foram resgatadas na Barra do Ceará, após serem arrebatadas por criminosos. À época, o barulho característico da aeronave da Ciopaer demonstrou a presença no local, evitando a concretização de um crime mais grave. Em conjunto com a Polícia Militar do Ceará (PMCE), as vítimas foram localizadas em um imóvel no Morro do Santiago e resgatadas em segurança.
O trabalho preventivo
Assim como é feito com o patrulhamento em terra, as aeronaves da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas também têm atuado a partir de dados estatísticos gerados pela Gerência de Estatística e Geoprocessamento (Geesp) da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança (Supesp).
“Utilizamos os dados estatísticos oriundos do setor de estatísticas da Secretaria para embasar nossas ações. Então, utilizamos os horários e os locais com maior incidência de criminalidade e intensificamos o patrulhamento de forma a funcionar como um agente que coíba a prática criminal. Os resultados para a sociedade cearense são sempre positivos”, explica o coordenador da Ciopaer, coronel Ronaldo Pires.
(*)com informação do Governo do Estado do Ceará