Candidato à Presidência da República pelo PDT nas eleições deste ano, Ciro Gomes, que, no primeiro turno recebeu 13,3 milhões de votos, endossou a linha adotada pela Executiva Nacional do PDT de apoio crítico ao petista Fernando Haddad, mas está decidido a ficar fora da campanha no segundo turno. O chamado apoio crítico do PDT ao candidato do PT é uma decisão para evitar desgastes.
Ciro viaja, nesta quinta-feira, 11, com a família para um período de descanso na Europa. O giro pelo exterior é entendido como um recado aos petistas que, antes e ao longo do primeiro turno, debocharam de Ciro, único nome entre os presidenciáveis com condições, pelas pesquisas, de ganhar a eleição contra Jair Bolsonaro (PSL).
O anúncio da viagem do pedetista gerou frustração entre aliados de Fernando Haddad. Haddad ainda não jogou a toalha e tem esperanças de convencer o ex-adversário a integrar sua equipe. A ideia é formar uma frente em defesa dos valores democráticos, contrapondo-se Bolsonaro. Ciro que, embora rechace insinuação sobre mágoas com o comando do PT, não esconde a insatisfação com o tratamento dado pela cúpula petista.
Ciro Gomes, que reelegeu o governador Camilo Santana e elegeu o irmão Cid ao Senado Federal, teve 12% dos votos válidos no primeiro turno – 13,3 milhões de votos, entrou na agenda do PT como uma das prioridades para ampliação do palanque de Fernando Haddad. Haddad, pela pesquisa Datafolha, divulgada nessa quarta-feira, atrai 58% dos votos de Ciro Gomes. Entre os eleitores de Ciro, segundo, ainda, a pesquisa do Datafolha, e 19% votam com Bolsonaro.