O ex-governador do Ceará e candidato nas eleições presidenciais de 2018, Ciro Gomes, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo publicada nesta terça-feira, 1º, afirmou ser “inevitável a percepção de que as esperanças da maioria dos brasileiros se renovaram“.
Sobre a expectativa com o novo Governo, Ciro diz torcer para que as coisas melhorem e acredita que isso possa acontecer, mesmo que “modestamente”. O ex-candidato apontou, ainda, alguns dos graves problemas pelos quais o Brasil passa, como “quase 13 milhões de pessoas desempregadas, 17 milhões de pessoas vivendo de bico na informalidade, 63 milhões de pessoas com nome sujo no SPC“, entre outros problemas citados.
Para Ciro, a resolução desses problemas pelo novo Governo ainda é uma incógnita. O ex-ministro da Fazenda (1994, governo Itamar) e da Integração Nacional (2003-2006, governo Lula) avalia que não há “nenhuma proposta concreta, nenhum diálogo sistemático com a intrincada federação politica do país, e os primeiros escândalos (referência às acusações envolvendo a Família Bolsonaro) já têm o velho tratamento de antanho“.
Frente de Oposição
Durante a campanha eleitoral de 2018, o ex-candidato teceu muitas críticas ao, agora, presidente, Jair Bolsonaro. Em diversos momentos, durante entrevistas e sabatinas, na campanha eleitora, colocou Bolsonaro como incapaz de resolver os problemas do país. Por outro lado, criticou, também, o Partido dos Trabalhadores (PT), mesmo tendo declarado apoio crítico ao candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno das eleições.
Sobre a perspectiva de liderar a frente de oposição para o novo Governo, Ciro diz que “é preciso evitar o oportunismo rasteiro e demagógico, atrair o governo para o jogo democrático, forçá-lo a atuar dentro da institucionalidade, oferecer alternativas práticas ao equívocos sem negar a complexidade dos problemas.”