Longe dos holofotes desde o resultado das eleições de 2022 que o deixou em quarto lugar na disputa pela Presidência da república, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) voltou, nessa sexta-feira (12/5), com o mesmo estilo e, sem meias palavras, durante evento, na Universidade de Lisboa, em Portugal, foi áspero nas críticas ao presidente Lula, mesmo sendo o PDT ocupante do Ministério da Previdência Social.


Ciro foi ainda mais cáustico com o ex-presidente Bolsonaro a quem chamou de “imbecil”, um “despreparado absoluto” e um “ladrãozinho vulgar”. Sobre o Governo Lula, o alvo da língua de Ciro Gomes foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a quem ele, Ciro, aponta de estar “completamente entregue à banqueirada”. O pedetista fez críticas ao projeto da arcabouço fiscal e afirmou que o Brasil está sem projeto.


“O Brasil não tem projeto para nada. O Bolsonaro é uma tragédia, mas, meu amor, cadê o projeto anterior que a gente tinha e não tem mais? Não tem mais projeto para nada’’, disse Ciro, ao afirmar que o atual presidente é o responsável pelo que chamou de reacionarismo no país, e que não possui compromisso com a mudança.


Ciro foi mais longe nos ataques ao presidente Lula, reafirmou um discurso da campanha de 2022 e disparou: “Caramba, o Lula foi parar na cadeia. Será possível que não aprendemos nada ou nós acreditamos que o Lula foi inocentado? Ele não foi inocentado. O Lula teve direito a presunção de inocência restaurada, é diferente de ser inocentado num julgamento, por quê? Porque o processo devido legal ele nunca teve, e eu denunciei na mesma hora.”


Após a aspereza das palavras, o pedetista disse que, diferentemente de Bolsonaro, pode conversar com o petista sobre os problemas do Brasil. “Com Lula eu saio para tomar uma cerveja para dizer essas verdades todas para ele. Com Bolsonaro, eu não saio”, admitiu Ciro, que, em 2022, teve o pior desempenho entre todas as eleições que disputou ao Palácio do Planalto. O pedetista amargou o quara posição no resultado final do primeiro turno, ficando com apenas 3% dos votos.