O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, voltou a nacionalizar a disputa ao Governo do Ceará e, nessa segunda-feira, em entrevista ao Programa Roda Viva, na TV Cultura, reafirmou descontentamento com o fim da aliança com o PT e, em tom de ironia ou deboche, disse que, após os conflitos, talvez esteja na hora de entregar a outro, ao capitão Wagner, que concorre ao Palácio da Abolição com o apoio do presidente Jair Bolsonaro.
“Pode ser que esteja na hora de a gente entregar para o Capitão Wagner lá, o cara do Bolsonaro. Quem sabe a gente aprende a dar valor ao que tem. Se não, ok”, comentou Ciro Gomes, que, na entrevista, ainda criticou as parcerias montadas pelo PT: “Hoje o Lula está agarrado lá (no Ceará) com Eunício Oliveira (MDB), junto com Camilo Santana (PT). Isso que é o progressismo de goela, que eu vou enfrentar”.
Responsável pelo lançamento da candidatura do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, após se opor à reeleição da Governadora Izolda Cela, Ciro voltou a falar sobre a competência do pedetista. “Entramos numa dinâmica de tentar enfrentar o candidato do Bolsonaro, que é muito forte”, observou.
Ao ser questionado sobre uma possível divisão com os irmãos Ivo e Cid – os dois defendiam o nome de Izolda Cela ao Governo, Ciro contestou os conflitos e afirmou: “Eu não rompi com meus irmãos.” Acrescentou em seguida: “Nem eles romperam comigo. Pelo menos até aqui eu não estou sabendo desse rompimento.”
Quanto à atuação do ex-governador Camilo Santana, o presidenciável do PDT reafirmou queixas sobre lealdade. ‘’Tinha perdido eleição para prefeito de Barbalha, quando nós achamos que ele tinha o talento e a capacidade. A lista do que fiz por ele o Ceará sabe e ele sabe mais do que ninguém”, comentou Ciro ao se referir a Camilo que, hoje, concorre ao Senado na chapa de Elmano ao Governo do estado.
Assista um trecho da entrevista