O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou o patamar de 122,5 pontos em novembro, o maior desde abril de 2019 (125,2 pontos). O resultado representou uma alta de 0,5% ante o índice de outubro. Foi o terceiro aumento mensal consecutivo do índice. Em relação a novembro do ano passado, houve um crescimento de 11,6%.
“A economia vem emitindo diversos sinais de recuperação gradual, e a crescente confiança do empresário do comércio vem confirmar um cenário de maior otimismo em relação ao aquecimento do consumo. Tenho confiança que o ano que vem será de uma reação ainda mais sólida do setor”, disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
O subíndice referente às expectativas, que é o Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC), chegou a 162,6 pontos e permaneceu no maior patamar entre os subíndices, com alta de 0,1% ante o mês anterior e aumento de 7,0% na comparação com novembro do ano passado. Registrou o maior indicador desde maio de 2019 (163,6 pontos).
A satisfação quanto às condições correntes, medida pelo Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec), foi um dos destaques em novembro. Mesmo permanecendo no patamar mais baixo entre os subíndices (97,5 pontos), correspondeu às maiores variações positivas em ambas as bases de comparação, mensal (aumento de 2,5%) e anual (25,5%), explicitando uma melhora na percepção das condições atuais no curto prazo e em relação ao ano passado. Além disso, também atingiu o maior nível desde maio de 2019 (100,6 pontos), e todos os itens que compõem este indicador registraram variações mensais maiores do que as observadas em outubro.
O subíndice que detecta as intenções de investimento, apurado pelo Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), foi o único que obteve variação negativa na medição mensal (-0,3%), mas ainda assim alcançou 107,5 pontos, o maior nível desde novembro de 2014 (107,9 pontos). Em relação a novembro de 2018, houve aumento de 7,9%, refletindo uma percepção de ambiente melhor para os investimentos do que no mesmo período do ano passado.
Expectativas: itens registraram taxas mais positivas em novembro
Em relação às expectativas para a economia, a proporção dos empresários que esperam uma melhora econômica representou 91,0%, ante 90,2% em outubro e um aumento de 10,3 pontos percentuais em relação a novembro de 2018.
“Essa expectativa favorável está ancorada nas projeções de maior crescimento econômico no próximo ano”, afirma a economista da CNC Catarina Carneiro da Silva, observando que as estimativas da Pesquisa Focus, do Banco Central, apontam um crescimento de 0,92% em 2019, enquanto em 2020 a taxa esperada mais que dobra (alta de 2,17%).
Apesar do elevado otimismo, houve queda (-0,4%) nesse item entre outubro e novembro, a única redução dentre o IEEC, e o indicador atingiu 158,8 pontos. Mesmo com a retração, o resultado foi melhor do que a queda (-0,8%) observada em outubro.
Condições Correntes: situação atual da economia apresenta maior crescimento do subíndice
A questão referente à situação atual da economia mostrou crescimento mensal de 3,5%, atingindo 88,6 pontos. Para 51,4% dos entrevistados, a situação atual da economia foi percebida como pior do que há um ano. Houve melhora, porém, em relação aos 52,5% registrados em outubro e aos 69,2% de novembro de 2018.
O grau de satisfação quanto ao desempenho atual das empresas também aumentou (2,0%). Contribuindo para esse resultado positivo, a maioria dos varejistas percebeu melhora em suas empresas (60,5%), acima da proporção registrada em outubro (59,8%) e em novembro de 2018 (49,1%). Dentre os itens que compõem o subíndice de condições atuais, este foi o único acima de 100 pontos, registrando 109,3 pontos em novembro, o maior patamar desde maio de 2019 (109,8 pontos), o que mostra um maior nível de satisfação dos comerciantes em relação à situação de seu negócio.