A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é causada pelos poliovírus dos sorotipos 1, 2 e 3. Graças às campanhas de vacinação, os tipos 2 e 3 foram declarados erradicados pela Organização Mundial de Saúde em 2015 e 2019, respectivamente. No entanto, o poliovírus selvagem tipo 1 ainda circula. Segundo o pediatra e infectologista do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), Robério Leite, a transmissão ocorre principalmente pela via fecal-oral e, menos comumente, por secreções orais.

O Ceará se destaca com uma cobertura vacinal próxima da meta de 95%. Mas para que os índices continuem bons e o vírus continue sem circular, é necessário continuar a vacinar as crianças menores de cinco anos de idade. O infectologista diz que é essencial disseminar as informações corretas sobre vacinação.

A vacina contra a poliomielite está prevista no Calendário de Vacinação Infantil. No estado, a campanha de incentivo iniciou de forma antecipada no último dia 25 de maio e segue até 14 de junho.

Desde 2016, o esquema vacinal contra a doença passou a ser composto por três doses da vacina injetável (VIP) aos 2, 4 e 6 meses de vida, além de duas doses de reforço com a vacina oral bivalente (VOP), conhecida popularmente como gotinha.