O presidente da Executiva Regional do PSD, ex-vice-governador Domingos Filho, vive dias de expectativas à espera de uma ligação do Governador Camilo Santana (PT) e do senador Cid Gomes (PDT) para discussão sobre a composição da chapa ao Palácio da Abolição. Independente dos desdobramentos no cenário de 2022, Domingos quer ocupar a vaga de vice-governador.
Domingos faz as contas e carrega uma certeza: com 33 prefeitos, o PSD não pode ficar fora da chapa majoritária à sucessão de Camilo. De preferência, com o PT e o PDT. Existem, porém, outras duas alternativas: uma aliança com o grupo de oposição que, nesse momento, tem como o deputado federal Capitão Wagner (PROS) como pré-candidato ao Governo do Estado. A outra opção será o lançamento de candidatura própria.
PRÉ-CANDIDATOS DA BASE GOVERNISTA
Aos interlocutores, Domingos Filho não tem meias palavras e deixa claro que força política para ser contemplado com a vaga de vice na chapa a ser encabeçada por um pedetista – a lista tem, atualmente, os nomes de Cid Gomes, Evandro Leitão, Roberto Cláudio e Izolda Cela. À exceção de Cid e Izolda, Roberto e Evandro cumprem intensa agenda no Interior.
O deputado federal Mauro Filho se lançou pré-candidato, mas tem adotado uma agenda tímida e, para muitos, quer apenas ampliar colégios eleitorais que o garantam uma reeleição tranquila e uma vaga de deputado estadual para o filho Davi que, com um ano de antecedência, decidiu cair em campo para atrair apoios de prefeitos, ex-prefeitos e lideranças políticas do Maciço do Baturité para chegar à Assembleia Legislativa.
O nome de maior apelo eleitoral na relação de pré-candidatos ao Palácio da Abolição continua sendo o senador Cid Gomes que, ao longo de três meses, costurou a aliança administrativa entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Caucaia, abrindo, assim, caminhos de entendimentos para o pleito de 2022. As costuras vão além e, em breve, revelarão surpresas na construção de alianças com siglas que são tidas, para alguns, como de oposição ao Governo do Estado.
NOVOS RUMOS DO PSD
O ex-vice-governador Domingos Filho atua nos bastidores para entrar na chapa ao Governo do Estado e está de olho, ao mesmo tempo, nos novos rumos do PSD no cenário nacional. A entrada do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para os quadros do PSD redefine os caminhos do partido na sucessão presidencial e nos estados.
Rodrigo chega como pré-candidato ao Palácio do Planalto, se crescer para ocupar o espaço e se transformar na chamada terceira via à Presidência da República, dará gás para o surgimento de candidaturas aos Governos Estaduais. No Ceará, o nome seria de Domingos Filho que, pela experiência, sabe que, em sua agenda, não há espaço para aventura. Domingos prefere o conforto proporcionado pela sombra de uma vice-governadoria.
Confira na íntegra a participação do correspondente do Jornal Alerta Geral, Sátiro Salles