O presidente Jair Bolsonaro deu três sinalizações, em menos de 15 dias, que deixam dúvidas se concorrerá à reeleição em 2022. As manifestações começam a gerar incerteza entre os aliados, ao mesmo tempo em que o gesto passa a ser interpretado, também, como uma jogada de marketing para sentir a reação popular sobre a possibilidade de disputar ou não um novo mandato. Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira, que “deve” disputar a reeleição em 2022, mas que não pode “garantir” isso.
Essa não é a primeira vez que o assunto entra na agenda presidencial: Bolsonaro já chegou, também, a declarar, nos momentos em que o governo desfrutava de elevados índices de popularidade, de que ficará no Palácio do Planalto até 2026. O cálculo é feito com a certeza da reeleição em 2022.
A um ano das convenções que escolherão os candidatos a Presidente da República, Bolsonaro ainda busca um partido que o abrigue com os aliados. Um dos caminhos é o PP, do senador Ciro Nogueira, que ganha o importante cargo de Ministro da Casa Civil e que terá como uma das principais missões organizar a base partidária do presidente Bolsonaro para o pleito de 2022.
Sobre o futuro, Bolsonaro disparou: ‘’Eu tenho que ter um partido político. Não sei se vou disputar as eleições do ano que vem. Devo disputar, não posso garantir’’, disse ele, ao acrescentar outra resposta sobre os novos caminhos partidários. ‘’Temos conversado com vários partidos, entre eles o Partido Progressista, ao qual integrei por aproximadamente 20 anos ao longo de 28 que eu fui deputado federal’’.