Com melhor desempenho dos últimos cinco anos, o mercado imobiliário foi um dos poucos setores que não teve tanto impacto com a pandemia. Apesar dos bons resultados, tanto em 2020 quanto em 2021, especialistas apontam que a onda de crescimento do setor deve arrefecer no próximo ano com a alta das taxas de juros.
No início de dezembro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu aplicar alta de 1,50 ponto porcentual da Selic – a taxa básica de juros. Com isso, a taxa subiu de 7,75% para 9,25% ao ano. Entre agosto de 2020 e janeiro de 2021, o valor da Selic chegou a 2% ao ano, a mínima histórica. Somente neste ano, até setembro, 17.281 unidades foram financiadas no Ceará, 39,7% a mais que o número de 2020, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança. Ao todo, o valor financiado foi quase 65% maior que o registrado no ano anterior, atingindo R$ 4,2 bilhões. A perspectiva é endossada pelo presidente do Sindicato da Habitação do Ceará, Sérgio Porto.