O aumento dos casos de Covid-19 na capital cearense e em outros municípios do Estado tem preocupado especialistas e autoridades. O governador do Ceará, Camilo Santana, enviou, na semana passada à Assembleia Legislativa, um decreto que amplia o estado de calamidade pública por mais seis meses.
O assunto ganhou destaque no Bate-Papo Político desta quinta-feira (10), com os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida. A medida, assinada pelo governador, precisa do aval da Assembleia Legislativa, como conta o repórter Carlos Alberto:
A calamidade pública desobriga os gestores das normas estabelecias pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é o conjunto de normas que instituído para boa administração das verbas públicas.
Outras medidas na área da saúde devem ser tomadas na tentativa de frear a transmissão do vírus que, nos últimos dias, ganhou força no Ceará. O cenário é alarmante e exige medidas tanto das autoridades como da população.
“Há um quadro de muita preocupação com o surgimento de novos casos de pessoas infectadas de Covid-19 e, como consequência, a superlotação de hospitais públicos e particulares. Há também expectativas sobre possíveis medidas na área econômica que devem ser anunciadas pelo governador Camilo Santana”, comenta Luzenor de Oliveira.
A expectativa é que governo estimule alguns setores atingidos pela pandemia que tiveram que paralisar as atividades devido a medidas restritivas tomadas pelo governo. Alguns setores, como de eventos, bares, restaurantes e comércio, que tiveram o funcionamento reduzido, reclamam dos prejuízos. O novo decreto anunciado por Camilo restringe o funcionamento de parques aquáticos e piscinas em todo estado do Ceará. Até então só estava proibido em Fortaleza.
A barracas de praia entram também em uma fase mais restrita e só podem funcionar até 15h e o setor afirma que o prejuízo deve ficar em torno de 60%, como comenta o jornalista Beto Almeida.
“É uma decisão que não cabe a gente ficar questionando quem perde e quem ganha, no fundo todos, de algum modo, perdem. Perdem em restrição de liberdade e na economia, mas ganham em vida. Quando o governo do Estado adota medidas como estas, é porque o caso está sério demais“, destaca Beto Almeida.
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