Em agosto, o Ceará manteve a trajetória de crescimento dos empregos formais, pelo quinto mês consecutivo, e registrou um saldo positivo de 16.507 mil novos postos de trabalho. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, e são provenientes da relação entre o número de contratações com carteira assinada (48.232), que superou o de demissões (31.725). Esse é o melhor resultado mensal desde o início da pandemia em março do ano passado.

Para o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, o resultado do Caged, somado aos resultados do PIB, divulgados ontem, animam.

“São notícias boas, que sinalizam que o Ceará vai trilhar um caminho positivo daqui pra frente, se não acontecer nenhuma outra situação, como foi o caso da pandemia ou de uma crise econômica. E se o Brasil ajudar um pouquinho mais, com certeza nós vamos crescer também um pouquinho mais, pois estamos crescendo sem o apoio Federal. Não temos grandes investimentos e estamos fazendo uma ação isolada, cada estado dentro das suas condições, para retomar a economia e gerar oportunidades, saindo dessa angústia do desemprego que afeta tantas famílias no país. Estamos trabalhando principalmente para gerar empregos, esse é o nosso foco principal, é a determinação do governador. E não tem momento para euforia, não tem momento para comemoração, mas há sinais para que a gente possa ficar feliz”, analisa Maia.

No Ceará, o nível do emprego formal subiu 1.35% e atingiu o total 1.235.035 empregos com carteira assinada, durante o período, e em termos setoriais, o resultado decorreu especialmente do maior volume de oportunidades de trabalho geradas nos serviços, com 7.841 empregos, seguido, em menor proporção, pela indústria (3.538), comércio (2.569) e construção civil (1.834).

No acumulado do ano, o saldo entre contratações e desligamentos no mercado de trabalho cearense ficou positivo em 61.930 empregos, dado o maior número de contrações que de demissões. O resultado é o segundo melhor do Nordeste, atrás somente do saldo da Bahia (98.806).

Sobre o acumulado do ano, o presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Vladyson Viana, avalia que “conseguimos não apenas recuperar o déficit de 2020, mas ultrapassá-lo, com a geração de mais de 61 mil postos de trabalho. Isso demonstra a retomada da economia cearense, de forma consolidada, gradual e permanente, sinalizando que estamos no caminho certo, tanto com a reabertura de forma segura da economia, como também com políticas públicas de fomento à retomada econômica”.

Já em termos territoriais, a geração de empregos continua concentrada na capital cearense, Fortaleza (7.785 empregos ou 47,2% do total), seguida de Sobral (1.324 ou 8,0%), Caucaia (949 0u 5,7%) e Juazeiro do Norte (910 ou 5,5%).

Brasil

A economia brasileira gerou 372.265 empregos com carteira assinada em agosto, de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.