A reserva hídrica dos açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) passou dos 9 bilhões de metros cúbicos (m³). Os bons aportes refletem no volume atual dos reservatórios no Estado, que atingiram a marca de 49% da capacidade total.

O volume de água aportado já superou o montante do ano passado, de acordo com dados divulgados diariamente no Portal Hidrológico. Atualmente, o estado tem 59 açudes sangrando e mais 16 com volume acima de 90% da capacidade total.

Os valores são promissores, mas o uso eficiente da água é regra para a gestão dos Recursos Hídricos. “Estamos numa situação melhor se compararmos com os anos anteriores, mas não podemos perder de vista o hábito de economizar água, visto que não sabemos como será a próxima estação chuvosa”, frisou Yuri Castro, presidente da Cogerh.

As regiões hidrográficas do Ceará seguem com situações diferenciadas, embora nenhuma se encontre em condição “crítica”. As regiões do Acaraú, Coreaú, Litoral, Metropolitana e Baixo Jaguaribe estão em situação “muito confortável”, com volumes acima de 70%.

Já as regiões do Salgado, Serra da Ibiapaba e Alto Jaguaribe estão na zona “confortável”, com mais de 50% das reservas. Enquanto isso, as regiões do Curu, Sertões de Crateús e Médio Jaguaribe, seguem “em alerta“, que é quando as reservas marcam entre 30% a 50% de volume.

A Bacia do Banabuiú passou de situação “muito crítica” (reservas abaixo de 10%) no começo deste ano para “em alerta”, percentual alcançado pela última vez em setembro de 2013. Todos os açudes da região estão em condições melhores do que estavam no início do ano. As recargas são um alento para a região que há pelo menos uma década convivia com insegurança hídrica em função do prolongado período de estiagem. Do início do ano até hoje, foram mais de 600 milhões de metros cúbicos de aporte na bacia, sendo o segundo maior aporte do Estado.