O governo federal anunciou a criação de seis novos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Atualmente, o estado possui 34 unidades integradas à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Os novos campi serão construídos em municípios que não contam com a presença dos Institutos Federais (IFs) ou que têm baixa cobertura de educação profissional.
São eles: Fortaleza (dois campi); Cascavel; Mauriti; Campos Sales; e Lavras da Mangabeira. O investimento estimado para construção das novas unidades é de R$ 150 milhões. Devem ser geradas 8.400 vagas.
Os 100 novos campi serão distribuídos por todas as unidades da Federação, gerando 140 mil novas vagas, majoritariamente de cursos técnicos integrados ao ensino médio.
Os detalhes da expansão dos IFs foram anunciados pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, e do Ministro da Casa Civil, Rui Costa. A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), na manhã desta terça-feira, 12 de março.
Por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), serão investidos R$ 3,9 bilhões, sendo R$ 2,5 bi para a criação dos novos campi e R$ 1,4 bi para a consolidação de unidades dos IFs já existentes, com a construção de refeitórios estudantis, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos.
A iniciativa envolve o Ministério da Educação (MEC), a Casa Civil, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO).
O objetivo da nova expansão é aumentar a oferta de vagas na Educação Profissional e Tecnológica (EPT), criando oportunidades para jovens e adultos.
A construção de novos campi nos municípios impacta o setor da construção civil, o que gera emprego e renda. As novas escolas, quando estiverem em funcionamento, serão indutoras de desenvolvimento local e regional.
O programa de expansão dos IFs marca a retomada de investimentos na criação de novas unidades no Brasil, quase dez anos após a última expansão estruturada da Rede Federal.
Também celebra uma das políticas educacionais mais bem sucedidas no âmbito da educação profissional, que permitiu a chegada da educação pública de qualidade às localidades mais distantes dos grandes centros e da capital dos estados. Assim, tornou-se uma das redes mais capilarizadas na oferta de cursos técnicos, superiores e de pós-graduação.
Histórico – Em 29 de dezembro de 2008, o então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.892, criando a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Até 2002, o Brasil tinha 140 escolas técnicas.
Nos Governos Lula e Dilma, houve a maior expansão da história da Rede Federal, que é formada pelos Institutos Federais; pelos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) de Minas Gerais e do Rio de Janeiro; pelas Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais; pelo Colégio Pedro II; e pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Entre os anos de 2005 e 2016, foram criados 422 campi, sendo 214 entre 2005 e 2010, e 208 entre 2011 e 2016. Nesse período, também foram entregues ou incorporadas à Rede outras 92 unidades.
Atualmente, são 682 unidades e mais de 1,5 milhão de matrículas. Com os novos 100 campi, a Rede Federal passará a contar com 782 unidades, sendo 702 campi de IFs.