A extinção da contribuição sindical obrigatória pela reforma trabalhista está obrigando as centrais e sindicatos a economizarem. As medidas vão de demissões, venda de ativos e organização de planos de demissão voluntária (PDV) para compensar a perda estimada de cerca de um terço da receita. A previsão do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é que até 2018, 100 mil trabalhadores diretos e indiretos devem ser afetados. As informações são do Jornal O Estado de S. Paulo.

A estrutura sindical reúne cerca de 300 mil trabalhadores em todo o País, segundo o Dieese. Desse total, 115 mil são funcionários diretos e o restante presta serviços às entidades. Os cortes devem ser diluídos no próximo mês e ao longo do ano que vem. Mas eles já começaram.

O problema também está afetando ass principais centrais, que estão apoiando um projeto de lei que regulariza a contribuição negocial em substituição ao imposto sindical. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) organiza um PDV e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) demitiu funcionários e vai para uma sede menor.

A Força Sindical, cuja receita dependia 95% do imposto sindical, começou a cortar seu quadro de funcionários em abril e diz ter reduzido em 20% sua mão de obra. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), que recebeu R$ 59,8 milhões no ano passado e que emprega cerca de 200 trabalhadores, anunciou um Plano de Demissão Incentivada (PDI).