Com olhares voltados aos rumos da administração da esposa Patrícia na Prefeitura de Tauá, o ex-vice-governador e presidente regional do PSD, Domingos Filho, enfrenta, pela primeira vez, perda de influência na relação com o Governo do Estado e fica sem cargos no secretariado de Elmano de Freitas.
Domingos não foi chamado para indicar, a exemplo do que aconteceu nas gestões de Cid Gomes e Camilo Santana, nomes para o primeiro escalão da nova administração estadual. O gesto é simbólico porque, nesse mesmo cenário, com impacto na Região dos Inhamuns, o desafeto político Chiquinho Feitosa indicou o nome do ex-prefeito Antonio Nei para a Secretaria de Infraestrutura.
O distanciamento entre Domingos Filho e o grupo que passa a ser liderado pelo Ministro da Educação, Camilo Santana, se dá em dois momentos: ao longo de 2022, o então governador Camilo segurou os aliados de Domingos nos cargos, mesmo sabendo que o PSD adotaria outros caminhos nas eleições de outubro. Domingos integrou, como candidato a vice, a chapa de Roberto Cláudio ao Palácio da Abolição.
A opção do PSD em fechar aliança com o PDT consolidou a quebra da aliança e, durante a campanha, o fosso da relação se ampliou ainda mais com as críticas e insinuações feitas por Domingos Filho contra Camilo e a então Governadora Izolda Cela a quem acusara de usar a máquina administrativa para cooptar prefeitos em apoio à candidatura de Elmano de Freitas. Domingos fez os ataques ao cumprir missão, como vice, na chapa do candidato do PDT ao Governo, Roberto Cláudio.
Confira na íntegra com Alverne Lacerda