A pandemia do coronavírus que levou o Congresso Nacional a aprovar a alteração no calendário das eleições de 2020 provoca, também, muitos desafios para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um desses desafios é atrair os voluntários para cumprir a função de mesário no dia 15 de novembro nos 5.570 municípios brasileiros.


A crise sanitária, com o País caminhando para 90 mil óbitos pela Covid-19 e sem perspectiva da vacinação contra a doença, surgiu, entre os membros da justiça eleitoral, a preocupação com uma verdadeira ameaça de apagão em uma das fases mais importantes para o pleito que irá escolher os novos prefeitos e vereadores: a convocação de mesários.


A mobilização dos mesários será deflagrada na primeira semana de agosto, precisa reunir um exército de 2 milhões de pessoas, entre voluntários e convocados. Os nomes que já atuaram na função em eleições passadas são os primeiros no radar dos tribunais regionais eleitorais, mas especialistas e ex-desembargadores temem que uma onda de atestados médicos e a judicialização das convocações abram um vácuo sem precedentes na função.

A incerteza sobre o quadro sanitário exigiu dos Tribunais Regionais Eleitorais, como o TRE do Ceará, e, especialmente, do TSE, mudança para desestimular a falta de mesários: o TSE prepara, para o mês de agosto, uma campanha nacional que, na primeira fase, terá como protagonista o médico Dráuzio Varela.


A campanha tem por objetivo estimular voluntários e garantir que o processo será feito sob um rígido protocolo de proteção sanitária. Simultânea à campanha, ao TSE se mobilizar para fechar ou ampliar convênios com universidades, funcionários públicos e, em último caso, até com o Exército para montar a rede de mesários.