A repercussão negativa para o Congresso Nacional com o esconde-esconde de quem – entre deputados federais e senadores, pediu e qual destino foi dado ao dinheiro do orçamento secreto tem um novo capítulo.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (PSD-MG), anunciou a votação de um projeto para dar mais transparência aos recursos aplicados por meio das emendas parlamentares. Alcolumbre assinou, porém, ao lado do presidente da Câmara, Artur Lira (PP-AL), uma petição ao STF pedindo a revogação de trechos da decisão da Corte que suspende a liberação do dinheiro do orçamento secreto.
Para o jornalista Beto Almeida, em seu comentário, nesta sexta-feira, no Jornal Alerta Geral, a movimentação da cúpula do Congresso Nacional representa manobra que fica bem distante da exigência para a sociedade conhecer como as verbas públicas foram aplicadas. Beto faz referência ao ato conjunto das Mesas da Câmara e do Senado que disciplina que, a partir de 2022, será dada transparência com a identificação de deputados e senadores autores dos pedidos de recursos por meio das emendas de relator-geral.
O ato exclui os nomes dos parlamentares que fizeram pedidos de verba até agora, o que descumpre a decisão tomada pelo STF e significa, segundo o jornalista Beto Almeida, estranheza e, ao mesmo tempo, contradição com o discurso de transparência da cúpula da Câmara e do Senado..