A ameaça de falta de medicamentos no tratamento dos pacientes com a Covid-19 levou a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e o Conselho Federal de Farmácia (CFF) a alertaram as autoridades de saúde sobre um quadro ainda mais grave na rede hospitalar do País. Os relatos de profissionais e secretários municipais e estaduais de saúde apontam para a angústia enfrentada pelos médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem diante do baixo estoque de remédios usados na assistência a quem está internado. A preocupação é ainda maior quanto aos pacientes que se encontram em UTIs.
O Conselho Federal de Farmácia acompanha com inquietação essa nova onda da pandemia e
‘’vê com extrema preocupação a falta de medicamentos essenciais à qualidade da assistência e a manutenção da vida de pacientes em estado grave, com Covid-19 e outras patologias, como as doenças autoimunes, tratadas com alguns desses fármacos, escassos ou indisponíveis por conta da pandemia’’.
A entidade reitera o apelo para a sociedade respeitar os cuidados de prevenção contra o coronavírus como o uso de máscaras e o distanciamento social, objetivando, assim, a redução da sobrecarga dos serviços de saúde. O Conselho Federal de Farmácia reivindica das autoridades que todas as medidas possíveis sejam adotadas no sentido de garantir a imunização da população, o mais rápido possível e apela pelo uso racional dos medicamentos, ‘’para que a pandemia não faça vítimas também entre pessoas que sequer contraíram o coronavírus, mas têm outras doenças tão graves quanto a Covid-19’’.
Um dos pontos da Nota divulgada pelo Conselho Federal de Farmácia registra que
‘’Informações de farmacêuticos que atuam em hospitais e outros serviços de saúde de diversos pontos do país, bem como manifestação púbica dos secretários estaduais e municipais da saúde e da própria indústria farmacêutica, evidenciam o desabastecimento de bloqueadores neuromusculares, sedativos e outros medicamentos utilizados em terapia intensiva’’.
Nota à sociedade sobre desabastecimento de medicamentos de uso hospitalar na pandemia
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) vê com extrema preocupação a falta de medicamentos essenciais à qualidade da assistência e a manutenção da vida de pacientes em estado grave, com Covid-19 e outras patologias, como as doenças autoimunes, tratadas com alguns desses fármacos, escassos ou indisponíveis por conta da pandemia.
Informações de farmacêuticos que atuam em hospitais e outros serviços de saúde de diversos pontos do país, bem como manifestação púbica dos secretários estaduais e municipais da saúde e da própria indústria farmacêutica, evidenciam o desabastecimento de bloqueadores neuromusculares, sedativos e outros medicamentos utilizados em terapia intensiva, como o midazolan, essenciais a uma intubação humanizada e segura; imunoglobulina, essencial à manutenção da vida de pacientes com doenças como a Síndrome de Guillain-Barré; tocilizumab, indicado para amenizar os sinais e sintomas da artrite reumatoide. Nestes dois últimos casos, particularmente, preocupa o uso desses medicamentos sem base científica de eficácia até o momento.
O CFF reitera à sociedade, que respeite às medidas como o uso de máscaras e o distanciamento social, visando à redução da sobrecarga dos serviços de saúde; reivindica das autoridades que todas as medidas possíveis sejam adotadas no sentido de garantir a imunização da população, o mais rápido possível; e apela pelo uso racional dos medicamentos, para que a pandemia não faça vítimas também entre pessoas que sequer contraíram o coronavírus, mas têm outras doenças tão graves quanto a Covid-19.
FRENTE NACIONAL DOS PREFEITOS
A crise na rede hospitalar, com escassez de leitos e oxigênio, pode ganhar ainda mais proporções com a falta de medicamentos destinados ao tratamento das pessoas infectadas pela Covid-19. Os relatos sobre o baixo estoque de remédios nas unidades de saúde tem sido diários e são registrados em cidades do Interior do Ceará e da Grande Fortaleza, assim como de outros municípios brasileiros, o que levou a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) a cobrar agilidade do Governo Federal para atender a rede de saúde dos itens essenciais que ajudam a salvar vidas.
Segundo a Frente Nacional de Prefeitos,
“já há registros, de Norte a Sul do país, de escassez e iminente falta desses insumos imprescindíveis para enfrentar à covid-19. O aumento sem precedentes no número de contaminados com o novo coronavírus e da demanda por atendimento hospitalar aponta para um cenário potencialmente ainda mais trágico já nos próximos dias: a falta de oxigênio e de medicamentos para sedação de paciente intubados”, alerta o documento da entidade, que foi encaminhado ao Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.