A  comissão mista que analisa a medida provisória que substitui o Programa Mais Médicos pelo Programa Médicos pelo Brasil (MP 890/19), reúne-se hoje para analisar o relatório do senador Confúcio Moura (MDB-RO). A última versão do texto, apresentada ontem, não chegou a ser votada por conta do início da sessão do Congresso Nacional.

Entre as sugestões de parlamentares e entidades da sociedade civil acolhidas pelo relator, estão mudanças nas regras de incorporação dos profissionais estrangeiros remanescentes do Mais Médicos e no regulamento de aplicação do exame de revalidação de diplomas expedidos no exterior, o Revalida.

O texto adicional, tratando especialmente da absorção dos médicos cubanos que atuaram no Mais Médicos, impõe a esses profissionais a exigência de terem permanecido no Brasil entre 13 de novembro de 2018 (quando o governo cubano anunciou a desistência de participação no programa) e a entrada em vigor da medida provisória. Dessa forma, segundo Confúcio, são contemplados os profissionais que se encontram na condição de refugiados, e a MP não alcançará “inadvertidamente” aqueles que já retornaram a seu país de origem.

O relatório também torna mais explícitos os termos de colaboração das instituições de ensino públicas e privadas na aplicação do Revalida e assegura a uniformidade da avaliação em todo o território nacional. Conforme o texto, a aplicação do Revalida será acompanhada pelo Conselho Federal de Medicina, e o valor da inscrição no exame será equivalente ao valor mensal da bolsa do médico residente.

Outra sugestão acolhida por Confúcio Moura inclui no conselho da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps) — serviço social autônomo destinado à gestão do Médicos pelo Brasil — um representante da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e outro do Ministério da Saúde.

A reunião será realizada às 13h30, no plenário 2 da Ala Nilo Coelho, no Senado.

*com informações da Câmara dos Deputados.